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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Sexta- feira-vermelha-agoniante

Essa canção se faz na lembrança do dia anterior. Dia em que os teus me envolviam que suave empatia e eu me assistia saudosa, como quem procura em todos os cantos, como quem acha em cada canto uma forma de relembrar...
Palavras minhas te chamavam em pensamento e isso reverberou em frases iguaizinhas que clamava aos teus. Ou meus, já que neles via um tanto de ti e um monte de desse saudosismo que não era unicamente meu, mas deles também.


... E te procurei. E te contemplei numa ânsia que reconheço de minha face apaixonada. Te quiz como quem deseja verdadeiramente... e me respondestes com palavras mudas que não eram pra mim, mas sei que me procuravam. Essas palavras me inquietaram como um formigueiro morno, como quem espera da aurora uma surpresa - te esperei - e continuei a te esperar acompanhando o sol em sua rota limiar... até desfalecer e me deixar raios incandescentes que, é claro, me fizeram lembrar-te.


Saudei a cidade nascer de luzes e movimentos, até cochilar, até adormecer... e eu continuei a esperar, e essa continuidade jaz nessa agônia que se derrama agora em mim.


Espero como quem sauda esse sentimento e faz juz à sua inquietude avermelhada.
Como quem carrega a paixão, te espero.


Mas isso foi ontem. Quero agora e pra amanhã!

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