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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

ParalEla

a aurora dos olhos
é o raiar do dia
é o saber mirar


é não a-diar
as feridas
as ardências
as cadências
como despertar


- vida -


a aurora nasce
dia - a - dia
mira
tentar romper o fio
é também se vendar


porque mesmo
com a vida por um fio
a cicatriz, menina
é o ardil
o fio que conduz
o novo olhar.

sábado, 21 de janeiro de 2012

conversão do ‘eu primeiro’


A cidade assola a mente 
é máquina, é dente corrosivo
Vultos certeiros sulgam a virtude 
do vulnerável arbítrio
E eu não negarei minha loucura
tampouco as serpentes do meu pulso


Não serei maga de um mundo caduco
De dentes corrosivos
Não serei maquina
Assim é que se mente
é o gosto acelerado do (não) viver


Não fecharei meus olhos ao te ver parindo
Catarata
Mundo findo


Eu quero ter voz onde não há passarinhos como aqui
e ainda assim cantarei
Minha epiderme reflexa a se lançar
- Sinto o giro...


É como estar no triz da existência a assolar
Porque enquanto me movo contenta, a balançar
Nos meandros do rio que encontro em mim
O beijo atroz do mundo se faz
na sede que mata a fome
e não se sacia


muitos somos, poucos vemos
umbigo, profundo umbigo
e uma lenta gestação


porque antes de tudo tem o tal umbigo
a mente, a máquina, o dente corrosivo
altamente convencido
de um mundo findo
onde poucos verão.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Noite Senhora Porto e presente Magia Sangue Teia Bril. CorreRecorre aos tímpanos exaltados Corre na pele do semi deus Enluarado Mostra o caminho no chão Da casa onde se chega na hora avançada Ela se mostra como quem sorri E se põe como quem deita Lua Ao chamar os amantes Os grilos A mata Ao deitar-me com eles Derramo um tipo especial De canção Sentir diverso