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sábado, 10 de julho de 2010

I Enraizado

Olhando daqui, da minha janela azul desbotada das horas, a noite mais parece um velcro que me fecha, me inunda, me dilacera... Essa noite que seria calma se não fossem os cachorros que latem incessantemente em comunhão; carros que passam esporádicos, porque a hora demasiada da noite e cedo da madrugada os faz assim. E na fotografia urbana o mosaíco de casas do outro lado da rua, que até a semana anterior se fazia apenas conhecido daqui, da minha janela azul desbotada e um tanto poética... num conhecimento mais do que imaginado, mas vivenciado, lá, do outro lado, me deu a conclusão de que a poesia não atinge todos porque só alguns tem o dom de tornar lúdico um tormento.

Um comentário:

  1. realmente. seria muito mais belo, singelo e leve se alguns escolhessem a poesia como solução. como um novo olhar. como re-olhar. ah, como seria.

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