Seria eu, recônditos tempos
senhora da hora que me afaga em densa tormenta?
estaria eu prestes a fugir desse limbo movediço
da imagem presente e vil,
para de alguma emersão ressurgir?
Naquele imaginado pretérito
os dias não eram assim mudos
a calma da hora não era motivo de agonia
eram sulcos de um lago plácido, era estado
e mesmo no seu demasiado conforto e palidez
era profundo
Das descoradas horas que se fazem incompreendidas,
um sumo de vértice pra algum ponto
não indica o passo, mesmo o perdido
apenas essa calma, que agora de nada é triunfante
E no Agora, que nem mesmo sei
nessa hora de insólito e indissolúvel constante
dou o meu inconsciente passo bambo
no Luna Parque, que ainda me mantém
.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
sábado, 15 de outubro de 2011
A BICICLETA E UNS DESEJOS
Eu queria mesmo ter uma bicicleta
dessas que podem guiar o caminhar
que chegam perto do lugar
na forma de plularizar
eu queria ter uma bicileta
que me levasse pra bem perto - de mim
quando estivesse naquela calçada a divagar
no choro manso que escorre em valas
na minha cidade vazia,
ela me tilintaria algum despertar-lugar
assim, enfim seria
o movimento que secaria
antes mesmo de brotar
as duas rodas seriam meu passo
ao passo do que se pode alcançar
o banco seria meu assento
daqueles que só me cobram o repousar
e nas correntes, uma infinidade
de possíveis voltas:
as ladeiras que subirei,
o saber da marcha moldar
algumas horas, frearei
sentir de respiração que farfalha
e do saber esquivar
se por acaso
algum encalço desregular se anuciar:
eu só saberei enfim
quando a minha bicicleta
eu puder guiar.
dessas que podem guiar o caminhar
que chegam perto do lugar
na forma de plularizar
eu queria ter uma bicileta
que me levasse pra bem perto - de mim
quando estivesse naquela calçada a divagar
no choro manso que escorre em valas
na minha cidade vazia,
ela me tilintaria algum despertar-lugar
assim, enfim seria
o movimento que secaria
antes mesmo de brotar
as duas rodas seriam meu passo
ao passo do que se pode alcançar
o banco seria meu assento
daqueles que só me cobram o repousar
e nas correntes, uma infinidade
de possíveis voltas:
as ladeiras que subirei,
o saber da marcha moldar
algumas horas, frearei
sentir de respiração que farfalha
e do saber esquivar
se por acaso
algum encalço desregular se anuciar:
eu só saberei enfim
quando a minha bicicleta
eu puder guiar.
domingo, 9 de outubro de 2011
Uma forma de arfar
Me encontro passeando em palavras tuas.Caminhos do pensamento abotoados em lembranças. Pensamentos que alinhavam os caminhos. O meu tempo no seu.
Nas bordas das folhas pequenos fragmentos anunciam sua vinda, enquanto eu caminho a fim de encontrar qualquer sonho deste lugar que de algo me preenche. A lua me olha em sua face quase completa: um despertar de abundante luz macia e mistério que salienta.
Cartas, bordões, janelas, papéis que se vão, imagens que ficam, uma menina, duas rodas de bicicleta, criações e descobertas.
Motins, frestas, calos e cicatrizes.
Horas selecionadas, lapidadas ao puro gosto das palavras.
Por vezes a chama do cigarro me tira o pensamento. Foco em como os fios rodopiantes seguem alto e evaporam num caminho qualquer. Assim que a chama se apaga, rodopio no meu próximo pensamento, que de um ângulo diferente ainda és tu.
Nas bordas das folhas pequenos fragmentos anunciam sua vinda, enquanto eu caminho a fim de encontrar qualquer sonho deste lugar que de algo me preenche. A lua me olha em sua face quase completa: um despertar de abundante luz macia e mistério que salienta.
Cartas, bordões, janelas, papéis que se vão, imagens que ficam, uma menina, duas rodas de bicicleta, criações e descobertas.
Motins, frestas, calos e cicatrizes.
Horas selecionadas, lapidadas ao puro gosto das palavras.
Por vezes a chama do cigarro me tira o pensamento. Foco em como os fios rodopiantes seguem alto e evaporam num caminho qualquer. Assim que a chama se apaga, rodopio no meu próximo pensamento, que de um ângulo diferente ainda és tu.
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