Seria eu, recônditos tempos
senhora da hora que me afaga em densa tormenta?
estaria eu prestes a fugir desse limbo movediço
da imagem presente e vil,
para de alguma emersão ressurgir?
Naquele imaginado pretérito
os dias não eram assim mudos
a calma da hora não era motivo de agonia
eram sulcos de um lago plácido, era estado
e mesmo no seu demasiado conforto e palidez
era profundo
Das descoradas horas que se fazem incompreendidas,
um sumo de vértice pra algum ponto
não indica o passo, mesmo o perdido
apenas essa calma, que agora de nada é triunfante
E no Agora, que nem mesmo sei
nessa hora de insólito e indissolúvel constante
dou o meu inconsciente passo bambo
no Luna Parque, que ainda me mantém
Nenhum comentário:
Postar um comentário