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domingo, 9 de outubro de 2011

Uma forma de arfar

Me encontro passeando em palavras tuas.Caminhos do pensamento abotoados em lembranças. Pensamentos que alinhavam os caminhos. O meu tempo no seu.
Nas bordas das folhas pequenos fragmentos anunciam sua vinda, enquanto eu caminho a fim de encontrar qualquer sonho deste lugar que de algo me preenche. A lua me olha em sua face quase completa: um despertar de abundante luz macia e mistério que salienta.
Cartas, bordões, janelas, papéis que se vão, imagens que ficam, uma menina, duas rodas de bicicleta, criações e descobertas.
Motins, frestas, calos e cicatrizes.
Horas selecionadas, lapidadas ao puro gosto das palavras.




Por vezes a chama do cigarro me tira o pensamento. Foco em como os fios rodopiantes seguem alto e evaporam num caminho qualquer. Assim que a chama se apaga, rodopio no meu próximo pensamento, que de um ângulo diferente ainda és tu.

2 comentários:

  1. tudo é tão cinematográfico na sua escrita ...

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  2. as vezes tendo o foco, as vezes é demasia e se destorce. Mas quando o plano se abre, nesse momento, a visão no foco-desfoco me permite alguma descoberta. E eu me permito ver, nem que em milésimos de aproximação em película.

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