A parte do tempo pacto
é limite inexato
pros dedos que discorrem
em estáticas prateleiras
de enfileirados
lunáticos, apoteóticos
sádicos, tuberculosos
vida que se move
em cada letra enfileirada
da prateleira cinzenta
a asa quebrada
que tenta o voo
é a exatidão na palavra
que devora o limite
e contradiz o conto
que se conta
sempre
vértice cadente
em horizontes visíveis