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você sente o consílio
se fechar sobre o manto
que cobre o corpo diminuto
em precariedade
sob um céu voraz?
o corpo engole
uma, duas, três
vestes bem ornadas
e vomita pérolas
sobre um tapete
de trapos e remendos
quando consigo captar
uma fração líquida
desse olhar teu
sinto o flagelo
das almas preenchidas
de anverso no verso
mas quando tu estendes
as mãos pequenas
em cilíndricas ondas
antes éter, agora mel fresco
vejo-te almejar um canto
numa sala clareada de girassóis
e não adiantas o passo
se é rasa a vértice
e movediça
a luz artifício
que deságua quando
a onda rarefeita acorda
o corpo silencioso
é linda
e finda
o pensamento estendido
num varal colorido
de vestes bem ornadas
no balaio de vestes
o personagem carece
de luz acesa
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