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domingo, 20 de novembro de 2011

sentido in verso

Não há dormência nesse sítio plácido
nem há estado plácido que permaneça um tanto mais
tudo se move
pequeníssimos fragmentos do instante
em comunhão, apresentam o inverso,
e no verso da descoberta
vejo o pacto
como que dançando só


Para isso não há esquecimento
nos ruídos dos transeuntes alarmados,
não há dormência
- Eu sinto, são fibras tensas
esse caminho é só mais um caminho,
e efeitos vários não naufragam o barco vazio,
esse é o sentido do vento invertido


Pequeníssimas gotas juntas abaixo
se pactuam num efeito maior
- e não há dormência
nem mesmo no caminho exaustivo
ele é demasia, beira a agonia e pede descanso


como é o balanço plácido do barco?
quando ele não se cobra em avançar
também avança?


Em um silencio mais perceptível,
num mar sem caminhos traçados
há o intervalo das ondas?


algum barco em silêncio
em meio a imensição em gotas, agora, se move?


e as condições inversas da dormência, comovem?

4 comentários:

  1. o acorde do avançar é um mistério como o modo que cada onda inventa de se dobrar...

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  2. verdade.
    ...o vento invertido é também inventivo. e as ondas estão no pacto da comunhão...

    avante!

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  3. ' - Eu sinto, são fibras tensas
    esse caminho é só mais um caminho,
    e efeitos vários não naufragam o barco vazio,
    esse é o sentido do vento invertido '

    mui belo! parabéns! ;)

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  4. Obrigada Lola!
    gosto do lado daí também. :)

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